Mostra midiática: da Pandemia ao Novo Mundo que queremos

 



Marjorie Göttert e Dalvan Sabbi E.E.B. Maria Corrêa SAAD e E.E.B. João Guimarães Cabral 

1 VISÃO GERAL/PROPOSTA Esse projeto se propõe a refletir sobre o atual contexto do coronavírus nas cidades de Garopaba e Imbituba e sobre a possibilidade de construir novas formas de estar e viver no mundo. Partindo de duas teorias, uma européia e outra dos povos indígenas americanos que têm em comum a ideia da interdependência dos seres vivos, surge esse projeto, que visa, primeiramente, aguçar o olhar dos jovens para a realidade em crise na qual se encontra a sociedade contemporânea, procurando gerar uma crescente crítica; e, em um segundo momento, instigar os jovens a refletir, a partir da riqueza natural observada no nosso cotidiano, com fins de construírem novas perspectivas e caminhos para a sociedade por vir. 

OBJETIVOS

 1. Refletir sobre os sintomas de uma relação problemática entre os humanos e Gaia/Mãe Terra no contexto pandêmico do coronavírus.

 2. Repensar referências para a construção de uma nova relação (saudável) entre humanos e Gaia/Mãe Terra. METODOLOGIA O projeto pretende ser desenvolvido em três partes: 

1. Introdução ao projeto, com aulas que apresentem um conteúdo norteado pelas teorias sistêmicas, procurando levantar temas como: o modo de vida humano e sua relação com a natureza; o organismo vivo Gaia e seus modos de defesa - pandemias; novas alternativas (sustentáveis) para a humanidade. 
2. Em um segundo momento será lançada a proposta de construir uma mostra midiática com os estudantes, tendo como tema gerador a) Retratos da pandemia e b) O novo mundo que queremos. Os estudantes terão 15 dias para realizarem seus trabalhos com as diferentes ferramentas de mídias disponíveis (fotografias, vídeos, tik-tok, montagens), inserindo nos seus materiais uma reflexão sobre sua produção e a intenção desta; 
3. Em terceiro momento será avaliado o material desenvolvido e montado a mostra nos locais disponíveis (plataformas digitais, escolas, espaços públicos) procurando organizar o material de forma que fique evidenciado o contraste entre: atualidade X futuro; pandemia X utopia; desequilíbrio ambiental X sustentabilidade. Sugestões: esse terceiro momento pode ser feito pelos professores em diálogo, ou não, com os estudantes, através de encontros online, grupos de whatsapp, etc. Sempre tendo por premissa os cuidados necessários à prevenção do coronavírus. 

MARCOS TEÓRICOS/PARA REFLETIR 

Teoria De Gaia “Acabamos com a ideia de que a terra é apenas fábrica de alimentos. A terra não é fábrica e não produz ilimitadamente”. Ana Primavesi (engenheira agrônoma)

A teoria de Gaia é uma hipótese da Ecologia que estabelece que a Terra é um imenso organismo vivo que se autorregula, ou seja, é capaz de obter energia para seu funcionamento bem como de combater suas próprias doenças. Essa teoria foi desenvolvida pelo cientista inglês James Lovelock em 1979. Recebe esse nome por causa da deusa grega Gaia que rege a terra e é considerada a mãe de todos os seres vivos. 

Cosmovisão Indígena
 “Ensinai aos vossos filhos que a Terra é a nossa mãe. Dizei a eles, que a respeitem, pois tudo o que acontecer à Terra, acontecerá aos filhos da Terra”. Chefe Seattle

Segundo a cosmovisão dos povos originários do continente que chamamos de América existe uma grande teia de relações que conecta todos os seres, humanos, plantas, animais, rios, montanhas, etc. Para essa teoria a terra é como uma grande mãe (Mãe Terra, Pachamama) e tudo o que acontecer a ela tem relação direta com aqueles que vivem nela, os filhos da terra. Conectando teorias e refletindo sobre nosso contexto no século XXI À luz dessas duas teorias, entendendo que seres humanos e natureza (planeta terra) são partes de um mesmo sistema ecológico, a situação atual de pandemia viral em que vivemos pode ser entendida como fruto/resposta de uma longa relação exploratória/desrespeitosa dos humanos contra a Gaia/Mãe Terra. 

 Sendo assim, podemos pensar novas formas de nos relacionarmos com a natureza, bem como discernir velhos hábitos que não queremos mais (destruição dos biomas, uso de agrotóxicos na produção de alimentos) de novos hábitos (valorização de ações locais: agricultura familiar, agroecologia, proteção dos biomas) que almejamos construir e fortalecer rumo a um novo mundo.

Veja alguns trabalhos que buscaram identificar e propor

IFSC

E.E.B Maria Corrêa Saad
E.E.B João Guimarães Cabral